terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Agradecimento

   
Meu nome é Pedro. Sou natural de Petrolina-PE. Sou religioso-seminarista da Congregação de Dom Orione. Cheguei em Buritis em 15 de janeiro de 2013 para auxiliar no Seminário, trabalhar na pastoral vocacional e acompanhar a Pastoral da Juventude e entre outras atividades que aqui desenvolvi. Finalizado minha etapa de experiencia pastoral-formativa no seminário e paróquia em Buritis prossigo para outra etapa formativa em outro lugar. 
       Caros paroquianos da Paróquia Santa Marta de Buritis, leitores do blog e da página facebook Santa Marta, ouvintes da Rádio Interativa FM, queridos jovens e vocacionados, agentes de pastoral, coordenadores de comunidades, padres, irmãs orionitas, amigos (as) na fé e todos aqueles e aquelas com quem tive oportunidade de compartilhar vida missionária durante estes dois últimos anos, é com sentimento de saudade mas alegre no Senhor por dá mais um passo na minha caminhada formativa vocacional,  que tenho a alegria de escrever um breve testemunho de minha caminhada na igreja e o descobrimento da minha vocação e aos mesmo tempo agradecendo intensamente o carinho, a acolhida, a partilha de experiencia missionária, a oportunidade de viver e aprender na realidade de igreja deste querido chão.
      Na impossibilidade de despedir de cada um, cada uma em particular, venho através desta mensagem aproximar de você e saudar com a paz de Cristo. Muito obrigado por tudo. Em 8 de janeiro deste ano, após dois anos de trabalho, deixei Buritis, para prosseguir na caminhada formativa religiosa-sacerdotal. 

Meu testemunho

         No início da minha caminhada cristã na igreja, na partilha dos dons a serviço dos irmãos, tive que enfrentar e superar alguns desafios. Na comunidade rural que fui criado, os moradores não tinham vida de comunidade eclesial. Reuniam-se algumas vezes no ano para rezar novena na casa de algum vizinho. Famílias de uma fé popular, mas muito sincera. As famílias participavam das Missas nas ocasiões de batizados e outros sacramentos na capela do povoado próximo. As Missas eram celebradas uma vez por mês no povoado. Devido às dificuldades de locomoção muito raramente as crianças e jovens iam à missa. Os meios de transportes principais eram animal, bicicleta, carroça e ás vezes “pau de arara”. Mesmo assim a capela do povoado ficava lotada de pessoas sedentas de Deus.
            Aos 12 anos de idade e quando cursava a 1ª série do Ensino Fundamental, com apoio de um tio, eu e meus primos começamos participar da catequese em outro sítio para dividir as distancias com a catequista. Os encontros aconteciam uma vez por mês durante três anos. Era uma festa podermos nos encontrar para rezar e aprender mais sobre a fé, Jesus, a bíblia e os ensinamentos doutrinais da Igreja. Em 1996 recebi Jesus Cristo pela primeira vez na Eucaristia. Foi um momento de graça, de encontro verdadeiro com Jesus eucarístico.
            Ao descobrir as maravilhas da fé na participação em Comunidade e na Eucaristia não medi esforços para partilhar com os outros. Por várias vezes fui de bicicleta para missa no povoado. Uma vez depois da missa meu irmão Paulo me repreendeu: você teve coragem de ir à missa de calça curta? Assustei, mas minha vontade de estar lá na igreja nem me fez observar o detalhe.
            Recebi a crisma em 1999, e no ano seguinte assumi uma turma de catequese para primeira eucaristia em outro sítio. Não era fácil catequizar. Não tinha apoio. A minha catequista de crisma quem me orientava. Não tinha material nem ambiente adequado. Era numa escola. Muitos jovens não sabiam ler nem escrever. Às vezes recebia crítica do meu pai dizendo que eu deixava de trabalhar na roça pra perder tempo em catequese. Assim eu antecipava meus afazeres na roça para poder servir na catequese.
            Nesse contexto de vida pessoal e eclesial fortalecido no Cristo eucarístico e da Crisma que descobri a importância da missão e colocá-la a serviço dos outros. Quando estava iniciando uma formação para animar grupo de jovens senti Deus me chamar para um desafio vocacional. Com o desejo de servir sempre mais ao próximo iniciei minha caminhada vocacional em 2001. Cheguei em Buritis em janeiro de 2013 para servir e aprender com a realidade missionária deste chão.  Diferentemente da minha realidade de origem percebo o quanto faz bem  uma comunidade comprometida e celebrativa.                                Por isso afirmo que aqui pude fortalecer minha caminhada de igreja e amar ainda mais minha vocação religiosa almejando a vida ministerial. 
           Obrigado a todos pelo carinho, pelas orações, pelas partilhas. Rezem por mim, rezem pelas vocações. A todos meu muito obrigado. Um dia, com a graça de Deus voltarei a esta cidade para continuar servindo ao povo de Deus. 
              Como motivava São Luís Orione aos seus religiosos, termino animando a cada um com um vivo e forte "Ave Maria e Avante". 
Abraço fraterno.
Pedro Raimundo 
(religioso-seminarista orionita)














São Luís Orione 








A importância de tomar água.