quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Qual é o mês que dedicamos nossas orações e colaboração ás missões? Quais os padroeiros das missões?

“Missão para libertar” é o tema da Campanha Missionária 2014, a ser realizada durante o mês de outubro. A reflexão retoma a Campanha da Fraternidade deste ano, que alertou sobre a realidade do tráfico humano. As vítimas desse crime representam a escravidão moderna. 

O mês de outubro começa com a comemoração de Santa Teresinha do Menino Jesus, a padroeira das missões, para a parte de oração e intercessão. Para o lado de ação missionária o padroeiro é S. Francisco Xavier, apostolo dos Países da Ásia Sul - Oriental.

No mês de outubro, Mês das Missões, a Igreja Católica celebra, no próximo dia 19, o Dia Mundial das Missões. Assim, em todo o mundo, são intensificadas as iniciativas de informação, formação, animação e cooperação em prol da missão universal. 

O objetivo do Dia Mundial das Missões é promover e despertar a consciência e a vida missionária cristã, as vocações missionárias, bem como promover uma Coleta Mundial para as Missões, para o sustento de atividades de promoção humana e evangelização nos cinco continentes, sobretudo em países onde os cristãos são ainda uma minoria e as necessidades materiais, mais urgentes. 

“Não se abre uma rosa apertando-se o botão”, escreveu alguém. É um pensamento muito próprio para uma reflexão sobre a vocação missionária do cristão para este mês de outubro, dedicado às missões. Jesus disse ao enviar os apóstolos para anunciar o ano da graça: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” (Cf. Mt. 10,16). E, quando, mal recebidos em uma cidade, João e Tiago pretendiam mandar o fogo dos céus sobre aquele povo, mas Jesus os repreendeu "Não sabeis de que espírito sois." (Cf. Lc. 9,55). 

A primeira atitude do missionário deve ser a mansidão. O anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. O texto do profeta Isaías lido por Jesus na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc. 4,16-22) e a si próprio aplicado, diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu e mandou-me evangelizar os pobres, sarar os de coração contrito, anunciar o ano da graça” (Cf. Is. 61, 1-4) 
E, logo a seguir, no Sermão da Montanha, revirando todos os princípios e conceitos que o pecado penetrou nos corações dos homens, da sociedade e da cultura, declara bem aventurados os mansos, os misericordiosos e os que promovem a paz (Cf. Mt. 5) 
O cristão tem, pelo batismo, a vocação missionária, a missão de anunciar a Boa Nova, de ter, ele próprio, um coração semelhante ao de Cristo, manso e humilde, como pedimos na jaculatória, “fazei nosso coração semelhante ao vosso”. 
Paulo VI, na Evangelii nuntiandi exorta: “A obra da evangelização pressupõe um amor fraterno, sempre crescente, para com aqueles a quem ele (o missionário) evangeliza.” (nº 79) e cita São Paulo aos Tessalonicenses (2Tes. 8) como programa. 

Refere-se ainda, exemplificativamente, a outros sinais de afeição que o missionário tem de ter em relação ao evangelizando: o respeito pela situação religiosa e espiritual das pessoas a quem se evangeliza; a preocupação de se não ferir o outro, sobretudo se ele é fraco em sua fé e um esforço para não transmitir dúvidas ou incertezas nascidas de uma erudição não assimiladas. 
Um dos elementos mais importantes do cristianismo é a vida comunitária. Para quem é cristão, não existe lugar para o individualismo. Jesus nos mostra isso quando não realiza sozinho a sua missão, mas chama os apóstolos para participarem ativamente da sua missão. 

Para o apostolado, Jesus não chama os melhores do ponto de vista da economia, da sociedade ou mesmo os mais santos; Jesus chama a todos, sem fazer qualquer tipo de distinção entre as pessoas. 
Assim, nos mostra que na atuação pastoral, devemos nos preocupar não simplesmente em fazer o trabalho, mas sim em envolver a todos, para que a atuação pastoral seja comunitária e revele este importante valor do Evangelho. Vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo. 

Autor: Eduardo Rocha Quintella - Bacharel em Teologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora Minas Gerais. Fonte: www.eduardoquintella.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário