A DEPENDÊNCIA EM RELAÇÃO A DEUS NÃO É
COMPETIÇÃO
Por:
Religioso Padre José Anísio Ferreira
Essa questão, ao longo dos séculos, vem sendo discutida por várias
correntes teológicas e filosóficas para dar uma resposta a homens e mulheres da
história e do nosso tempo.
Claro está que, o homem é chamado por Deus para manter uma relação de
diálogo, de amor. Ora, entre Deus e o homem não existe competição, porém uma
comunhão. Claro está que, para aqueles que imaginam um Deus dominador “mandão”
não conseguem perceber a gratuidade, a providência divina. Entretanto, quanto
mais cresce a comunhão, mais cresce a liberdade para acolher a este Deus que é
o Criador de todas as coisas. De um modo geral quando se alimenta o medo não
sabemos discernir a vontade de Deus para nós, é preciso estar livres de idéias
fixas e de preconceitos.
O ateísmo moderno acabou gerando
um “Ostracismo”, um fechamento do homem sobre si mesmo. Porém sabemos que o
Deus Bíblico Criador se relaciona com liberdade e não como Dominador e
Subordinado. O homem para Deus não é tido como objeto, mas pessoa humana dotada
de capacidades e dons para desenvolver-se em suas relações primordiais (com
Deus, com os semelhantes, consigo mesmo e com o mundo).
A razão como erige da modernidade não é capaz de abarcar toda
profundidade do mistério da relação Deus/Homem. Às vezes queremos equacionar,
medir, matematizar, calcular as nossas relações com os outros e com Deus; e
esquecemos-nos do principal: somos todos criaturas de Deus e Ele bem sabe que a
nossa medida de amor na qual fomos criados não para dominar o outro, mas ser
companheiro de caminhada pelos caminhos da vida.
Fonte Consultada: RUBIO,
Alfonso Garcia. Unidade na pluralidade: o ser humano à luz da fé e da reflexão
cristãs. São Paulo: Paulus, 2001.
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