BÍBLIA,
O ALIMENTO DAS COMUNIDADES CRISTÃS
Celebramos o mês de
setembro dedicado à Palavra de Deus fonte de alegria e de paz à nossa fé. E
assim, trazemos uma mensagem sobre essa Palavra que alimenta a vida da
comunidade cristã.
Para dar uma luz
teórica ao texto consultamos um dicionário[1]. O
resultado da pesquisa nos revelou os conceitos: Alimentar (vt)¹: 1.
Dar ou ministrar alimento a. 2. Nutrir, sustentar. 3.
Abastecer, prover do necessário. 4. Fig. fazer durar, incentivar.
v.int. 6. Servir de alimento [...] 8. Conservar (se), manter
(se) e de: Alimento (s.m).1. Tudo o que alimenta ou nutre
[...] 4. O que conserva, mantém ou fomenta.
Um olhar teológico
sobre esses conceitos nos remete ao ser humano o qual traz consigo muitas
questões[2]
que diz respeito à vida, algumas ele consegue responder, outras não. Ele possui
capacidades, habilidades, potencialidade para resolver problemas. Porém, a
questão fundamental lhe escapa; a palavra que dá sentido a sua vida, que o
realize de forma integral: A Palavra da verdade, de vida eterna ( Jo 8, 31-32).
Nota-se que a Palavra de Deus não deve somente ser ouvida, mas expressada,
vivida, celebrada no cotidiano de nossa vida com os irmãos.
Ao longo da história da
salvação, o povo de Deus colocou em evidencia as experiências pessoais e
coletivas com Javé (AT) e com Cristo (NT). Javé é um Deus que dialoga, comunica
com o povo na história; esta comunicação se fez “Carne e habitou entre nós” (Jo
1,14). Igualmente podemos dizer que o verbo se fez “Pão”. As terminologias
citadas acima nos dão um sentido teórico, porém o Cristo pão da vida: o que nos
alimenta e é o alimento para a vida eterna. (Jo 6,35).
De acordo com a Irmã
Rosana Pulga “Quanto mais ela é “comida” pela comunidade, mais ela se torna
alimento. Então, é na comunidade que a leitura se torna interessante e
prazerosa; compreensível, libertadora e transformadora”.[3]
Nota-se que as Sagradas Escrituras alimentam a comunidade e dá sentido às
aspirações do ser humano e das comunidades cristãs. “A Bíblia evoca uma
presença”.[4]
As
Escrituras desperta as comunidades para o compromisso assumido no batismo[5].
Por vezes, a comunidade vive como que anestesiada por causa dos problemas, é
como que espinhos sufocando a planta. Sem dúvida nenhuma, que a história de
muitas pessoas e das comunidades é marcada por desafios, sofrimentos e
angustias, dores e tribulações.
Mas
em toda e quaisquer situações Os Livros Sagrados alimenta a comunidade, dá
sentido as aspirações do ser humano e das comunidades; renova as esperanças, e
as dos outros. A palavra constrói, recria o novo frente aos desafios
enfrentados pelas comunidades urbanas e rurais. (At 2,42).
José
Anísio Ferreira, Religioso Padre Orionita.
(vigário paroquial da Paróquia Santa Marta e coordenador do Centro Vocacional Dom Orione de Buritis-RO)
[1] RIOS, Demival
Ribeiro. Grande dicionário unificado da língua portuguesa. São Paulo: DCL
(Difusão cultural do livro), 2012. p. 62
[2] Cf. MIRANDA,
Mário de França. Um homem perplexo: o cristão na atual sociedade. São Paulo:
Loyola, 1989.
[3] PULGA, Rosana.
Ler e compreender a Bíblia. São Paulo: Paulinas, 2012, p. 13
[5] Cf. CNBB
(Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil). Orientações para a celebração da
Palavra de Deus. São Paulo: Paulinas, 2007. ( documento 52)
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