quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

CARTA AO PAPA FRANCISCO

Religioso brasileiro da Congregação de Dom Orione escreve ao Papa Francisco. Recebe um telefonema e o encontra na Casa Santa Marta

O clérigo Gleison, orionita, é um estudante de teologia brasileiro em Roma. E como todo jovem, tem suas dúvidas e dificuldades. Porém, sempre guiado pela fé, persiste na caminhada. Num dia, resolveu escrever uma carta ao Papa Francisco relatando um pouco de sua história. O que ele não esperava é que o Papa fosse ligar para ele e... 

Acompanhemos o relato do próprio seminarista: "No domingo
passado, pedi a uma amiga para entregar em mãos uma carta minha ao Papa Francisco. Na segunda a tarde ele me ligou e conversou comigo e me deu conselhos; eu o convidei para vir aqui em casa e ele disse que iria ver as possibilidades. Na quarta me ligou de novo, mas eu não vi a chamada no celular e ele deixou uma mensagem de voz: "Ei Gleison, sono Papa Francesco". Na quinta, quando eu fazia uma
prova de São Paulo, ele me liga de novo e pede para eu ir à sua casa para conversarmos. Ele marcou para segunda, 27 janeiro às 16h30. Ele chegou no horário marcado e que atenção ele me deu! Conversou, me aconselhou, me confessei com ele... que emoção. Que doçura de pessoa, que ternura... Hoje eu vi e senti Deus... Ele falava pela boca do papa Francisco". 
 


Segue informações da agencia de notícias da rádio Vaticana.
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco continua a usar o telefone para fazer contato com algumas pessoas que lhe escrevem, provocando surpresa e comoção. Desta vez, o destinatário do “telefonema pastoral” foi o religioso seminarista estudante de teologia Gleison de Paula Souza, da Congregação de Dom Orione.                                  

Um dia após Francisco receber sua carta, ligou para ele, convidando-o a ir até a Casa Santa Marta, no Vaticano, onde confessou. No encontro, o Santo Padre exaltou a figura dos santos piemonteses, terra de origem de sua família: “Il Cottolengo” é uma obra bonita, a sua vocação é bonita, dentro daquele quadro dos santos piemonteses do século XIX, com um laicismo feroz, um anticlericalismo feroz, maçonaria feroz e então surge Dom Bosco, Cafasso, Dom Orione, o Cottolengo, e também as mulheres, tantas mulheres santas”.

“Eu escrevi uma carta ao Papa Francisco – explicou Gleison – e a entreguei a uma amiga para que a fizesse chegar ao Papa pessoalmente. Ela o fez durante a visita à Paróquia do Sagrado Coração de Jesus no dia 19 de janeiro. Depois me disse que o Papa a guardou no bolso”.

“Na segunda-feira dia 20 – continuou – estava estudando. Às 15h56min tocou o meu celular. Era um número privado, Respondi. Uma voz repetiu várias vezes: ‘É o Gleidson? É o Gleidson? Eu falo com Gleidson?’. Respondi: ‘Sim, Santo Padre, sou o Gleidson’. E prosseguiu: “Vejo que reconheces a minha voz. A minha voz já é muito conhecida”, brincou.

O sem. Gleison falou com Francisco sobre o que havia escrito na carta em relação ao caminho vocacional e foi encorajado pelo Pontífice. Após, Francisco lhe disse: ‘Venha encontrar-me’. Gleison, por sua vez, convidou o Papa a visitar a comunidade do Instituto Teológico, que respondeu não saber se era possível, mesmo a comunidade localizando-se no Monte Mario, próximo ao Vaticano, mas que o faria saber em poucos dias.

Na quinta-feira dia 23, Francisco o chamou novamente, convidando-o para ir à Casa Santa Marta. No dia 27, às 16.15, Gleison apresentou-se nos portões vaticanos, acompanhado do Diretor da Comunidade, Padre Carlo Marin e o do Pai espiritual, Padre Giacomo Defrancesco. No encontro, o Papa “brincou conosco – disse Gleison – pois com a emoção não sabíamos onde sentar e ele nos disse: ‘É melhor olhar face a face os inimigos’ e começou a rir. Nos surpreendeu a sua veste branca com três botões com o tecido desfiado, símbolo de sua pobreza e simplicidade”.

No encontro o Papa falou da Congregação dos Orionitas, dizendo conhecê-la e recordou, que em Buenos Aires, havia feito uma experiência de voluntariado no Cottolengo de Claypole durante 15 dias, quando era noviço jesuíta.

Por fim, o seminarista Gleison teve um encontro privado com o Papa Francisco de cerca 35 minutos, quando confessou, como havia pedido na carta. “Ele não me deu respostas – afirmou – mas me deu liberdade de refletir dizendo que está comigo”.    

Ao concluir o relato, o seminarista Gleison disse que o Papa “está nos evangelizando não com palavras, mas com a sua presença acolhedora, a sua simplicidade, os seus gestos, a sua ternura”. (texto com modificações) Fonte: 
http://pt.radiovaticana.va 

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